CUSTO DA CONSTRUÇÃO DESACELERA ALTA EM FEVEREIRO

(24/02/2015)
O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) ficou em 0,50% em fevereiro, mostrando desaceleração ante a alta de 0,70% registrada em janeiro, divulgou nesta terça-feira (24) a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,45% a 0,61%, e abaixo da mediana, de 0,54%. Até fevereiro, o INCC-M acumula altas de 1,21% no ano e de 6,80% em 12 meses.


O grupo materiais, equipamentos e serviços registrou variação positiva de 0,77% em fevereiro, após o avanço de 0,62% apurado na leitura do mês anterior. Dentro deste grupo, o item relativo a materiais e equipamentos subiu 0,65% neste mês, ante 0,53% no mês passado, enquanto o referente a serviços teve elevação de 0 99%, ante 1,24%, no mesmo período. O índice relativo a mão de obra, por sua vez, recuou para 0,26% em fevereiro, após ficar em 0,77% em janeiro.


Cinco das sete capitais analisadas registraram aceleração em suas taxas de variação de preços, no mesmo período: Salvador (de 0,35% para 0,69%); Brasília (de 0,23% para 0,26%); Rio de Janeiro (de 0,39% para 0,41%); Porto Alegre (de 0,53% para 1 15%), e São Paulo (de 0,30% para 0,43%). Na contramão, Belo Horizonte (de 3,62% para 0,42%) e Recife (de 0,34% para 0,30%) desaceleraram.


Mão de obra


O grupo mão de obra puxou o resultado do INCC-M de fevereiro ao desacelerar de 0,77% para 0,26% entre os dois períodos. De acordo com a FGV, o decréscimo na taxa de variação do grupo mão de obra foi consequência das antecipações dos reajustes salariais aguardados para Porto Alegre e Salvador e pelo reajuste salarial em Belo Horizonte.


Já o grupo materiais, equipamentos e serviços registrou variação positiva de 0,77% em fevereiro, após o avanço de 0,62% apurado na leitura do mês anterior. Dentro deste grupo, o item relativo a materiais e equipamentos subiu 0,65%, ante 0,53% em janeiro. O item referente a serviços teve elevação de 0,99%, ante 1,24%.


Entre as maiores influências de baixa do INCC-M de fevereiro estão pedra britada (de 0% para -0,05%); massa corrida para madeira (de 0,26% para 0,65%); carreto para retirada de entulho (de 0,56% para 0,20%); rodapé de madeira (de -0,07% para 0,41%), e pias, cubas e louças sanitárias (de 0,63% para 0,20%).


Entre as maiores influências de alta estão vale-transporte (de 5 64% para 4,83%), que ainda reflete o reajuste das passagens do início do ano feito em algumas cidades; esquadrias de alumínio (de 0,82% para 2,21%); Ssrvente (de 0,72% para 0,41%); refeição pronta no local de trabalho (de 0,18% para 1,51%), e ajudante especializado (de 0,82% para 0,15%). O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.